quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

A realidade no ensino da EJA

Existe uma distinção nas classes da EJA, entre os jovens e adultos que frequentam as mesmas salas de aula. “O aluno jovem está mais ligado em atividades de trabalho e lazer mais relacionadas com a sociedade letrada, escolarizada e urbana. Enquanto o adulto traz consigo conhecimentos acumulados e reflexões sobre o mundo externo, sobre si mesmo e sobre as outras pessoas”.( OLIVEIRA, 1999) O grupo no EJA é muito heterogêneo. Eles têm mais facilidades de se expressar oralmente, mas na linguagem escrita têm muitas dificuldades. O aluno jovem tem a linguagem mais voltada para a gíria e um pensamento abstrato pouco desenvolvido. O aluno adulto tem uma linguagem mais tradicional, mais rica, por causa de suas vivências e experiências. Tem o pensamento abstrato mais desenvolvido. “Algumas concepções dos alunos da EJA se tornam, até mesmo, impedimentos para a apropriação dos conteúdos escolares. Muitos, por não se distanciarem da realidade vivida, não conseguem interpretar, recontando textos conforme o seu ponto de vista, modificando a história ao sabor de suas experiências e valores; sem distinguir o que está escrito do que ele pensa sobre o que está escrito. Eles interpretam o mundo a partir da sua “concretude”, ou seja, de se mostrarem extremamente implicados em seus contextos, dificultando, assim, a apropriação dos conteúdos escolares que, sendo de origem científica, lidam com conceitos e representações historicamente construídos e direcionam o pensamento rumo ao abstrato.”( COMERLATO,1998) Quando refletimos como estes jovens e adultos pensam e aprendem devemos levar em consideração que estas pessoas não são crianças, são os excluídos da escola e são membros de determinados grupos sociais.” É preciso que a educação esteja – em seu conteúdo, em seus programas e em seus métodos – adaptada ao fim que se persegue: permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa, transformar o mundo, estabelecer com os outros homens relações de reciprocidade, fazer a cultura e a história”.(FREIRE,1979)
Os interesses são diferentes causando conflito de opiniões, pois tanto o jovem quanto o adulto buscam o ensino com objetivos diferentes. Apesar do adulto ter mais dificuldades na aprendizagem, estas são superadas na medida em que o mesmo tem maior comprometimento, apresentando diferentes habilidades e tendo consciência de sua limitações. O pensamento dos adultos é de crescimento pessoal e profissional. Eles querem mais oportunidades, melhorar a vida dos filhos e poder concorrer com a população por um emprego melhor. Já o jovem tem o pensamento mais momentâneo. Eles querem terminar logo o estudo para se livrar" dessa obrigação. O jovem ainda não tem família para sustentar, então às preocupações são outras. Eles querem o diploma para conseguir ingressar no mercado de trabalho.

O que é a EJA para uma adulto

Segundo Paulo Freire, para o adulto, alfabetizar-se é muito mais do que decifrar o código escrito:"A alfabetização não pode ser reduzida a um aprendizado técnico-linguístico, como um fato acabado e neutro, ou simplesmente como uma construção pessoal intelectual. A alfabetização passa por questões de ordem lógico-intelectual, afetiva, sócio-cultural, política e técnica." (FREIRE, p. 60, 1996)
Para um adulto, conseguir aprender a ler e a escrever é uma maneira de exercer plenamente sua cidadania, seus direitos e deveres frente à sociedade. Então, precisamos nos questionar o que está incentivando alguém a se alfabetizar depois de adulto. Perguntar ao aluno o que ele gostaria de escrever para encorajá-lo a realizar os seus sonhos com relação à escrita, porque a possibilidade de escrever está muito vinculada ao valor que a proposta tem para cada um. Deste modo, é fundamental identificar qual é a necessidade de cada educando na alfabetização.

O trabalho com EJA

Sabemos que os professores da EJA encontram diversas dificuldades como a falta de motivação, falta de material adequado e até mesmo falta de formação dos profissionais para alfabetizarem jovens e adultos.A maioria dos estudantes da EJA são trabalhadores que não tiveram oportunidade de estudar quando crianças. Preocupados com a alfabetização desses educandos foram testadas novas práticas de ensino e aprendizagem no sentido do aprimoramento do método de ensinar a ler e a escrever a esses adultos.Paulo Freire afirma que as práticas em sala de aula devem estar ligadas com a realidade dos alunos e o processo de aprendizagem deve ser dinâmico e ativo.Esses alunos são sujeitos com experiência de vida, que deve ser levada em consideração na hora de alfabetizar. Aprender a ler e a escrever é refletir criticamente sobre o próprio processo de ler e escrever sobre o profundo significado da linguagem.
Acredito que o professor precisa considerar a realidade em que esses alunos vivem. É preciso ter um planejamento diferenciado que consiga atingir as necessidades desses alunos e ao mesmo tempo, trabalhar em cima das dificuldades que eles trazem. É preciso muito paciência e atenção especial a cada aluno, para que ele se sinta inserido na turma, para que ele se sinta valorizado e para que ele possa se sentir à vontade para expor qualquer problema ou dificuldade. Chamou-me a atenção que a aquisição da escrita é uma aquisição conceitual para crianças e adultos, construída pelo sujeito nas relações com o meio. Emília Ferreiro e Ana Teberosky encontraram os mesmos estágios de concepção sobre a escrita em adultos já identificada em crianças.Esses estágios se sucedem ao longo do processo de domínio da escrita.*escrita pré-silábica;*escrita silábica;*escrita silábico-alfabética*escrita alfabética

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A ESCOLA E AS QUESTÕES RACIAIS E MORAIS



É na escola que as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla. É lá que boa parte do processo de socialização infantil acontece, pois na escola a criança estabelece relações com crianças de diferentes núcleos familiares e esse contato diversificado poderá fazer da escola o primeiro espaço de vivência das tensões raciais.
A relação estabelecida entre crianças oriundas dos mais diferentes grupos étnicos, com seus costumes e suas crenças pode acontecer de modo tenso, excluindo, possibilitando que algumas crianças adotem em alguns momentos uma postura introvertida, por medo de serem rejeitadas ou ridicularizadas pelos colegas de sala de aula.
Desta forma, é necessário que as questões raciais sejam abordadas criticamente no ambiente escolar, a fim de romper com os conceitos formados erroneamente contra as diferentes etnias. É necessário que haja a conscientização das diferenças entre as pessoas, mostrando que a diversidade não implica inferioridade. A escola precisa ensinar o que é preconceito e discriminação e promover a auto-estima através do auto-conhecimento e liberdade de expressão.

CONHECENDO OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

O município de Sapiranga oportunizou a participação de muitos professores na 74ª Plenária do Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no RS. Assim como já trabalhamos na interdisciplina de Necessidades Especiais, também tivemos a oportunidade de aprender mais sobre a garantia dos direitos de cada cidadão, portador ou não de alguma deficiência e percebi, com isso, a grande importância de nós cidadãos e professores de sabermos a que temos direito, tentando, com isso, entender um pouco mais de nossa sociedade e dos problemas que nossas famílias e as famílias de nossos alunos estão submetidas. Esses fóruns existem para criar uma força política para cobrar tais direitos.Os seres humanos por si só não sentem (ou percebem) a necessidade de todos serem tratados com igualdade, por isso há necessidade do estado criar leis que diminuam as diferenças entre as pessoas, ou seja, as leis existem para que as diferenças entre negros, índios, brancos, pessoas com deficiência, mulheres sejam menores. Há necessidade de leis que garantam o acesso aos mais excluídos, mais desfavorecidos, pois nossa sociedade é historicamente excludente e preconceituosa. Mas o maior problema que vejo não é a falta de leis. As leis existem e atenderiam ao direito de todos se não fosse o descumprimento destas, infelizmente. Toda administração pública, antes de mais nada, deveria zelar pelo cumprimento dos direitos humanos! As leis existem, mas as pessoas nem tem conhecimento delas, pois os responsaveis pelo seu cumprimento criam barreiras, ou muitas vezes, nem eles tem conhecimento da existência destas leis. Somente que necessita destas leis , é que sabe o valor que elas tem.

"ENTRE OS MUROS DA ESCOLA" comentario II

Assistindo o filme “Entre os Muros da Escola” percebe-se a rotina de uma escola pública, localizada na periferia e que se encaixa perfeitamente na realidade de nossas escolas. Inicialmente chamou-me a atenção a reunião inicial, na qual os professores apresentavam-se, pois alguns faziam referência ao tempo que estavam ali, outro ao tempo para se aposentar e outros por ingressarem neste momento na escola, bem como a parte onde as turmas eram distribuídas e os professores mais antigos davam descrições dos alunos “bons” e “maus”, discriminando-os logo de início. Pensando nisso, me lembrei como os professores fazem isso no início do ano e por mais que se fale que um ano é diferente do outro, eles tornam a repetir estes atos, pois já estão acostumados a criar rótulos, como se assim fosse mais fácil de compreender um aluno e oferecer-lhe um ensino de qualidade. Assim como aqueles que estão para se aposentar, demonstram insatisfação, desanimo e muito mau humorpelo cansaço mental, os mais jovens já estão estressados pela falta de dominio em sala de aula. Este filme retrada muito o cotidiano da sala de aula, bem como dos professores. Neste sentido é muito importante que o grupo nào se contamine, trabalhando com a autoestima dos professores, através de elogios, de recados de apoio e principalmente mito diálogo.

EXPERIÊNCIA COM INCLUSÃO- DEFICIÊNCIA FISICA

Ao ler o texto \"Conhecendo o aluno com deficiência física\", capítulo I de Rita Bersch e Rosângela Machado, destaco a experiência que tive
com alunos de inclusão onde aprendi muito, pois ambos estavam na mesma série, que era uma 2ª série regular naquela época. Um aluno se chamava Fábio, tinha 14 anos e seu diagnóstico era paralisia cerebral , e como sequela além do estrabismo, apresentava grande dificuldade de locomoção. A outra aluna se chamava Rita , tinha 22 anos e seu diagnóstico era síndrome de down.

O Fábio apesar de suas limitações na escrita , na locomoção , era muito esperto e inteligente, pois era muito atento as falas e comentários de outros, sempre espondo sua opinião. Ele gostava de assistir documentários sobre todos os assuntos e a cada novo trabalho em sala de aula ele tinha fortes argumentos pra apresentar. Ele ajudava muito com seus questionamentos e seu conhecimento . Também gostava de escrever poesias, e já tinha algumas escritas. Recebia apoio na APAE para lançar um livro de poesias. Mas o que mais me chamava a atenção era sua perseverança e atitude. Ele tinha uma garra para aprender e se esforçava para copiar as atividades, mesmo sabendo que não teria muito sucesso. Tentava correr, brincar com seus colegas e sentia uma forte exclusão devido as suas limitações. Mas não desistia. Aprendi muito com ele por mais problemas e dificludades que temos, não podemos desistir do que queremos.

Sabemos também que nem sempre a deficiência física aparece isolada e em muitos casos encontraremos associações com privações sensoriais
(visuais ou auditivas), deficiência mental, autismo etc. e, por isso, o conhecimento destas outras áreas também auxiliará o professor responsável pelo atendimento desse aluno a entender melhor e propor o Atendimento
Educacional Especializado – AEE necessário.
Existe uma associação freqüente entre a deficiência física e os problemas de comunicação, como nos caso de alunos com paralisia cerebral. A
alteração do tônus muscular, nessas crianças, prejudicará também as funções fonoarticulatórias, onde a fala poderá se apresentar alterada ou ausente. O prejuízo na comunicação traz dificuldades na avaliação cognitiva dessa criança, que comumente é percebida como deficiente mental. Nesses casos, o conhecimento e a implementação da Comunicação Aumentativa e Alternativa, no espaço do atendimento educacional, será extremamente importante para a escolarização deste aluno.
[...] é necessário que os professores conheçam a diversidade e a
complexidade dos diferentes tipos de deficiência física, para definir estratégias de ensino que desenvolvam o potencial do aluno. De acordo com a limitação física apresentada é necessário utilizar recursos didáticos e equipamentosespeciais para a sua educação buscando viabilizar a participação do aluno nas situações prática vivenciadas no cotidiano
escolar, para que o mesmo, com autonomia, possa otimizar suas
potencialidades e transformar o ambiente em busca de uma melhor qualidade de vida. (BRASIL, 2006, p. 29)
A Rita era dois anos mais velha do que eu , e eu achava estranho ter uma aluna com mais idade. Sua família não aceitava que ela tinha sindrome de down, e por isso seu aprendizado ficou prejudicado. Quando ela foi encaminhada à APAE já era uma pré-adolescente. Durante o período que ficou na escola aprendeu a escrever algumas palavras apenas, mas interagia com todos, era mutio cativa. Apresentava uma desenvoltura para teatro e dança, e habilidades para pintura. Sempre escrevia para mim"POFESOA BONITA". Era muito teimosa, não gostava de copiar do quadro as atividades e conversava muito , apesar de falar com dificuldade. Mas o que se destacava na Rita era o fato de ela não sentir medo ou vergonha de se expor para os outros . Ela percebia que alguns olhavam para ela de uma maneira diferente, e ela tirava proveito disto par aparecer mais, fazendo graça. Ela tentava chamar a atenção para coisas que sabia fazer ou que dominava, mostrando o quanto é importante ressaltarmos o que fazemos de melhor e que muitas vezes outros não percebem. Sempre somos melhores em alguma coisa.

O que foi mais problemático no trabalho com a Rita, foi que sua famía que não aceitava suas limitações e queriam que ela fosse avaliada como os demais e também não aceitavam o trabalho da escola em procurar explorar suas habilidades. Muitas vezes a família prejudica mais o aluno do que a sua própria deficiência.
No texto já entitulado acima, tem uma frase que diz: "aprendemos aquilo que vivenciamos", e acredito que essa é a mais verdadeira de todas!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ÉTICA- O DILEMA DO ANTROPÓLOGO FRANCÊS

Muito importante a ética na profissão docente, pois trabalhamos com pessoas de diversas classes, etnias, culturas e religiões. Precisamos saber respeitar cada uma delas sem hipocrisia, mas com ética.
Como a missão do antropólogo não era levar aos nativos novas informações acerca do que acreditavam, mas sim pesquisar seus hábitos, o mesmo foi consciente de que não iria se envolver, e sim, apenas observar.
O antropólogo observou que os hábitos e costumes utilizados pelos nativos eram bastante diferentes dos hábitos e costumes dos franceses, os quais estava acostumado, porém, permaneceu em posição de concordância.

Acredito que o antropólogo afirmou que era sim um mensageiro dos Deuses, pois como sua profissão já diz, que estuda o homem e conhece de modo seu comportamento, para ele, ser reconhecido como um Mensageiro, e ainda por ser branco, já o colocava numa posição superior aos habitantes da ilha. Mesmo que de boa fé ele tenha confirmado ser um mensageiro, ela já interferiu e muito na cultura daquele povo, fazendo-os acreditarem que todo o homem de pele branca, era também um mensageiro dos Deuses. Sua atitude acabou deixando o povo vulnerável a qualquer outro de pele branca que chegasse a ilha, justamente por já terem mostrado que eram ingênuos e inoscentes. Ele preferiu colocar o povo em risco, do que falar a verdade, provando que o poder era dele? Onde estaria então sua determinação de não julgar?
Ele entra em contradição com seu argumento quando afirma que “toda avaliação esta condicionada pela cultura do avaliador”, usando de seu conhecimento, de sua cultura para dominar a situação, pois tudo o que ele dissesse deveria ser obedecido. Enfim, com a sua decisão deixou o povo da ilha vulnerável a outros de pele branca; afirmando ser um mensageiro já interferiu na cultura do povo, pois eles iriam aceitar tudo o que dissesse e fariam tudo o que pedisse, tratando-o como um Deus; de acordo com sua concepções, sua cultura, fez o julgamento que achava mais vantajoso para ele, naquele momento.
A minha ética não aceita a mentira em nenhuma hipótese, penso que podemos nos omitir, mas jamais mentir.
No entanto, o trabalho exigiu que algumas colegas defendessem o antropólogo. E aí, mesmo sendo contra a mentira, a ética me faz respeitar os argumentos das colegas da defesa, e respeitar não significa concordar
.

PROJETO DE APRENDIZAGEM



Os trabalhos em grupo do PA nos possibilitam a realização de uma atividade em comum, em situação de interdependência, e que envolve vários aspectos, como a divisão de tarefas, o respeito à opinião dos outros, a tolerância e a cooperação, além de desenvolver a disciplina.

Os projetos de aprendizagem proporcionam aos alunos o diálogo, a ampliação de mundo deles, a interação entre todos, além de estimular a expressão oral. O Trabalho em grupo ainda favorece a troca de vivências entre os mais e os menos experientes, assim como possibilita a valorização dos talentos individuais do grupo.Cabe ao professor observar se cada aluno tem a oportunidade de realizar suas próprias tarefas e garantir que cada um deles se expresse e seja ouvido pelos outros, assim como saiba ouvir. O diálogo deve se pautar pelo respeito às diferenças, e o trabalho pela cooperação. Por isso, o papel do professor é fundamental. Ele deve estar atento a todos os aspectos que envolvem a atividade em grupo, para que resulte em aprendizagem e contribua para a ampliação do repertório dos alunos.

TRABALHO COM MOSAICO-


Gostei muito de realizar esta atividade com meus alunos e encaixou-se bem no tema que estávamos trabalhando, que era sobre o Brasil, os índios e a formação de nossa origem através da miscigenação de vários povos. Começamos nosso estudo com uma pesquisa em casa, da origem de cada aluno, ou seja, de que povo, de que etnia era descendente. Também pedi fotos dos antepassados de cada aluno para que pudessem perceber as diferenças, inclusive em como as fotos eram tiradas antigamente, com as pessoas todas sérias, bem vestidas, por exemplo. Foi um trabalho que proporcionou muitas aprendizagens para mim , quanto para meus alunos, pois nem eles sabiam suas origens. E fomos a fundo em nosso projeto, trabalhando outros assuntos que iriam se encaixando. Fizemos maquetes, estudamos sobre alimentações de diferentes etnias. Nosso trabalho ficou tão bom que até saiu no jornal da escola.

A IMPORTÂNCIA DA INCLUSÃO DAS QUESTÕES ÉTNICOS-RACIAIS NOS CURRÍCULOS DA ESCOLA BÁSICA, NO BRASIL

ARGUMENTO 1: Conhecer a própria origem e antepassados
Conhecer a si mesmo é de fato a base para poder conhecer o mundo e seguir em frente.
Não há como somente receber informações ou novos conhecimentos, sem admitir que carregamos uma bagagem de conhecimentos, que por muitas vezes, foram fundamentais para nossas decisões, que fizeram chegar até o presente. O resultado dessas decisões que fizeram chegar até o momento presente é que irão justificar se houve uma estrutura familiar, uma história, uma tradição a ser seguida, um alicerce de apoio ou não. É preciso saber que pertencemos a um grupo, que nossos antepassados traziam uma história e que hoje a continuamos, mas sem menosprezar os ensinamentos, as tradições.
Quando a gente se percebe continuador de uma história, nossa responsabilidade cresce e o respeito pela história do outro também. É preciso trazer a figura dos antepassados para dentro da escola, oferecendo atividades de pesquisa, onde os alunos irão resgatar junto à família, informações que vão fazê-lo compreender e perceber suas características físicas, por exemplo, seus traços mais marcantes, sua cor de pele. Conhecer os lugares de onde vieram seus antepassados, seus costumes, como viviam, como na atividade da construção de um mosaico, que possibilitou uma infinidade de curiosidades e pesquisa, começando pelos primeiros habitantes do Brasil e seguindo pelos povos que vieram a colonizá-lo.
Os alunos só irão se descobrir como pertencentes de um mesmo povo, de uma miscigenação, quando de fato perceberem que são descendentes de várias culturas, que fazem parte dessa mistura. E somente vão se reconhecer e possivelmente respeitar os demais quando fizerem uma busca de seus ancestrais e concluírem que todos descendem de um mesmo povo e que sofreram e sofrem a mesma influencia até os dias de hoje, como, por exemplo, as comidas, nossa fala, as danças e influências religiosas
.

ARGUMENTO 2: Preconceito e discriminação das raças: resgate das identidades
Em nossas instituições educacionais hoje, ainda encontramos muitos preconceitos de gênero, etnia, etc., como, por exemplo, quando as crianças colocam apelidos maliciosos uns nos outros, chamando alguém de negrinho, pretinho, ou quando recusa sentar ao lado de alguém... Não é ofensivo, por exemplo, apelidar alguém de alemão. Para acabar ou minimizar esta discriminação e preconceitos, precisamos trabalhar com o intuito de conscientizar nossos educandos de que em nosso país existem distintas culturas, etnias, histórias que devem ser respeitadas por todos os indivíduos. Questionar o que gerou o preconceito, quem o alimenta, quem mais sofre o preconceito.Deste modo, estaremos atenuando estes preconceitos e discriminações, modificando então as relações entre os sujeitos, tornando a escola um espaço sócio interativo, onde formaremos cidadãos que respeitam as diferenças.
Hoje, mais do que nunca estamos envolvidos neste debate, onde renasce a reflexão sobre o papel da escola como espaço de recuperação e afirmação de identidades. Estas reflexões nos levam a levantar a bandeira por uma educação que respeite as especificidades de cada aluno, especialmente aqueles que trazem consigo um histórico de rejeição e discriminação, como é o caso do negro e do indígena. Da mesma forma, é preciso também que refletimos sobre o sistema educacional público e seu trabalho com relação a questões étnico-raciais, uma vez que crianças negras e pobres dependem desse sistema para continuar sua escolarização e, consequentemente sua profissionalização.
É preciso mais do que respeitar e “cobrar” respeito às características e dimensões, é preciso contextualizar a cultura afro e indígena na sala de aula no sentido de “cultivar” as infinitas expressões destas, expressas no seu modo de vida, nas motivações, nas crenças, nos valores, nas práticas, nos rituais, na identidade, como condição para que este aluno não se sinta inferior aos outros e para que seja de fato respeitado e considerado na escola e na sociedade não apenas porque existem leis que punem atos de racismo, mas porque este tipo de comportamento é infundado e sem propósito
.

KANT E ADORNO

Adorno ressalta que a principal meta da educação deve ser a de evitar que Auschwit se repita, para que a civilização não passe por tudo que já passou. A estrutura básica da sociedade como os seus membros, responsáveis por termos chegado onde estamos, não mudaram nesses vinte e cinco anos e isso nos assusta.Temos de ter sempre presente que mesmo nos dias atuais, onde a educação está mais presente pelo fato de termos uma quantidade maior de recursos do que na época de Auschwitz, o mundo não dá tanto valor a ela sendo forma de desbarbarização. Ao falar de educação Adorno ressalta a importância da educação infantil, principalmente na primeira infância, pois é nela que ocorre a formação do caráter da criança, por isso é tão importante que hábitos, atitudes e valores sejam bem trabalhados nesta idade, na formação de um aluno crítico e que saiba argumentar defendendo seus direitos e sabendo dos seus deveres. Estamos preocupados com o nosso dia dia, em busca de poder e mais poder, nossos problemas são os maiores, os piores, sem solução. Não olhamos para nosso próximo com intenção de ajudar, amparar e sim de criticá-lo, ou invejá-lo. Vivemos numa sociedade consumista, onde nos preocupamos em ter e esquecemos do SER. A realidade que nos cerca expressa a barbárie e está repleta de fatores que apontam para o risco da regressão e a volta de uma nova Auschwitz, é só assistirmos os jornais na televisão que mostra essa realidade de violência, mortes. As crianças estão vivendo em ambientes vulneráveis, sendo fácil entrar no mundo da marginalidade. Acredito que precisamos combater a “indiferença à dor” (de si mesmo e, principalmente, do Outro). Tento diariamente trabalhar isso com meus alunos, pois como tenho alunos com deficiências na sala, e estou sempre trabalhando as diferenças e o respeito entre eles, o respeito às suas limitações e suas dificuldades. procuro mostrar valores a ele que muitas vezes seus pasi não mostram, ou porque não se enteressam, ou porque não tem tempo.Para minha filha que ainda é muito pequena, já ensino valores e limites, sempre mostrando que o respeito deve prevalecer. O amor e o respeito devem andar juntos; daí vem a educação! Com certeza a falta de amor hoje pela pessoa do próximo poderia levar a uma repetição de uma nova Auschwitz. E nós educadores o que estamos fazendo para mudar essa realidade? Acredito que a escola deve ser remodelada, deve-se fazer com que os métodos de ensino nas escolas sejam dinâmicos, usar mais o afeto, a solidariedade que proporcionem aos alunos meios para interagirem e se tornarem parte da escola, fazendo com esses alunos sintam-se responsáveis pela escola, gostem de estar na escola. É preciso que a mudança ocorra dentro de cada um de nós e que passamos a acreditar no poder de uma educação transformadora. Paulo Freire enfatiza o ato pedagógico, como uma ação que não consiste em comunicar o mundo, mas criar dialogicamente, um conhecimento do mundo, isto é, o diálogo leva o homem a se comunicar com a realidade e a aprofundar a sua tomada de consciência sobre a mesma até perceber qual será sua práxis na realidade opressora para desnudá-la e transformá-la. Acredito que é esse o caminho para conquistarmos uma educação transformadora.

ESTUDO DO CASO -DOSSIÊ


A HISTÓRIA DE PETER


1-DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO:
Seu nome é Peter e sua deficiência é Sindrome de Down. Esta cursando o terceiro ano e é a primeira vez que frequenta uma escola de ensino regular. Tudo é muito novo ainda para ele.
É filho único e sua famíla aparentemente, apresenta um bom nível social. É filho único e tem muita liberdade em casa, onde percebe-se também a falta de limites em Peter. Mas interagem bem, e existe confiaça, pois ele vai para a escola sozinho, num ônibus escolar, pois os pais acreditam que ele pode se desenvolver normalmente, mas dentro de suas limitações.

2- HISTÓRIA DE VIDA DO ALUNO:
Peter é um aluno com Síndrome de Down, muito agitado. Apresenta um comportamento egocêntrico e agressivo, não respeitando regras ou limites. Encontra dificuldade de interação com os colegas, devido ao seu comportamento e atitudes.
Foi encaminhado a uma escola regular, com a finalidade de interagir com outras pessoas e promover uma aprendizagem significativa, explorando suas habilidades e limitações.

3- COMPORTAMENTOS OBSERVÁVEIS NA ESCOLA:
Peter estava ingressando na escola pela primeira vez. Tudo era novo, tanto para o aluno, quanto para os colegas e ainda mais para a professora, que não havia trabalhado com um aluno com Síndrome de Down.
No início, a professora sentiu um certo medo, e não sabia muito bem como reagir as atitudes de Peter, que sempre eram egocêntricas e agressivas. Mas a situação estava ficando muitodifícil, pois Peter tinha dificuldades de se relacionar com os colegas, batendo, agredindo, e estes por sua vez acabavam se afastando de Peter com medo de suas reações e atitudes. Ela percebia que os demais alunos estavam sendo prejudicados com aquela nova situação. Eles compreendiam que Peter era diferente, mas não sabiam porque ele agia daquela maneira estúpida. Estavam assustados, mas mesmo assim , não revidavam as agressões e se afastavam dele, gerando um sentimento de raiva e desprezo pelo colega.
Peter não tinha limites, nem obedecia a regras, fazia as coisas como bem entendia e isto deixava a professora preocupada e insatisfeita pois não estava conseguindo chegar até Peter e ajuda-lo como gostaria. Então pensou que poderia tentar mudar a maneira de trabalhar com Peter, incluindo-o ainda mais nas atividades propostas, mostrando-lhe o que era certo e errado. Assim também a turma mudou em relação a ele, recebendo orientações de como reagir as atitudes de Peter e passaram a tratá-lo de forma diferente, tentando conquista-lo carinhosamente, mas mostrando para ele o que deveria fazer para melhorar. Seus colegas diziam quando não estavam satisfeitos com as suas atitudes e o ajudavam na realização das atividades, como também nos diversos momentos de aprendizagem proporcionados pela escola, com jogos , música e atividades físicas.
A escola, por sua vez, adotou uma postura de receptividade e preocupação em incluir Peter nas atividades propostas pela escola. A escola também procurou ajudar a professora e a turma a compreender Peter, colaborando com o aprendizado do aluno em diferentes momentos da aula.
Com o tempo Peter foi se adaptando aquela rotina e estava cada vez mais entrosado e feliz na convivência diária com os colegas e com as aprendizagens que estava realizando. Sua satisfação era visível, ria sozinho em sala de aula, participava das atividades e estava aprendendo. Em casa, a mãe estava muito feliz e satisfeita, Peter já não era mais o mesmo, chegava em casa rindo e assim permanecia por muito tempo. Estava muito feliz em ir para a escola.
Quando chegou o final do ano, e com ele todas as suas comemorações e festividades, Peter estava lá, assim como a turma, conseguiu aprender a ler e se desenvolveu muito em todos os aspectos. A professora estava muito satisfeita com os resultados obtidos e também com ela mesma, por ter aceito o desafio e ter tido um “olhar” especial para Peter, acreditando que ele seria capaz de aprender, assim como os outros. Percebeu o quanto valeu seu esforço e paciência em acreditar que era possível trabalhar com um aluno de inclusão.
Os colegas acolheram Peter e souberam respeitar suas limitações, mas também valorizar suas conquistas e vitórias, e se alegrar com ele. Os colegas descobriram em Peter um valoroso e sincero amigo, e isto os uniu ainda mais. A turma não poderia adiante sem Peter, pois fazia parte da história de cada um deles. Uma de suas colegas relatou que a turma aprendeu muito mais com Peter do que Petr com eles. E a professora satisfeita com o resultado e também com as aprendizagens que teve, destacou que gostaria que Peter fosse seu aluno outra vez.

4- AVALIAÇÃO:
A história de Peter traz a ideia de uma avaliação mediadora, que é aquela construída na interação, no diálogo entre professores e alunos transformando-os em participantes dos processos avaliativos e, portanto, parceiros na estruturação do olhar acerca da construção do conhecimento. É na medida em que o professor interage com seus alunos e busca compreender como eles estão construindo suas lógicas de pensamento, que ele vai produzindo sua capacidade de mediar situações de aprendizagem, tornando-se aprendiz dos processos de desenvolvimento de seus alunos. De maneira que ele vai produzindo o conhecimento sobre o conhecimento.
Dessa forma a avaliação de Peter foi sendo desenvolvida, pois em outro momento pode-se perceber claramente que a avaliação existente na escola, onde predominava a idéia de julgamento do outro, de “testagem” dos saberes do outro, de manipulação dos comportamentos e de controle dos alunos, não funcionaria mais, pois agora com uma nova realidade a avaliação também teria que ser diferente.
O desafio a ser enfrentado ao buscar pontos de interlocução entre avaliação da
aprendizagem e inclusão escolar é o de encontrar uma maneira de utilizar os processos
avaliativos como potencializadores das aprendizagens, como uma ferramenta pedagógica capaz de auxiliar na (re)construção de conhecimentos, fazer emergir as potencialidades de cada sujeito.
A história de Peter nos faz acreditar que a inclusão de todos é um processo possível, viável e de um trabalho em conjunto, que so funciona quando estamos dispostos a encarar desafios e estar abertos para o novo. Não é uma tarefa fácil, pois muitas vezes sentimos vontade de desistir, mas o dia-a-dia vai mostrando que seguindo com passos firmes, o trabalho não se torna tão difícil. É preciso que a escola como um todo se envolva para que os alunos de inclusão tenham suas oportunidades, tenham seu valor dentro da comunidade escolar e seus direitos garantidos, além de um ambiente saudável e favorável para sua aprendizagem.

FILME: ENTRE OS MUROS DA ESCOLA



Este filme realmente nos mostra a verdadeira realidade das escolas, das nossas salas de aula, dos nossos alunos e também dos nossos colegas professores. Notei uma certa frieza na escola (estrutura física), na sala de aula (entre aluno-professor) e com os professores. No pátio não havia ambientes definidos para quem queria conversar e para quem queria jogar. Parecia-me tudo muito apertado e os alunos demonstravam um certo desconforto. Uma cena que me chamou a atenção, foi de uma reunião entre os professores e alguns estavam preocupados com a auto-estima dos alunos, e outros não, a conversa é interrompida e ninguém se preocupa em finalizá-la, mudam de assunto e nada é decidido. O assunto café entrou em discussão e logo esqueceram dos alunos. O que é mais importante? Quantas vezes nossas reuniões pedagógicas, em nossas escolas, são semelhantes a esta. Discutimos muito e pouco é resolvido. O tempo passa, os anos passam e tudo fica repetitivo.
Na minha escola a discussão é sempre em torno dos assuntos: inclusão e avaliação, e muita discussão, acaba em conflito e não chegamos a um consenso. Mas eu acredito que as transformações irão acontecer através destas discussões. É preciso que a mudança ocorra dentro de cada um de nós, e que passamos a acreditar no poder de uma educação transformadora.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

A EDUCAÇÃO INCLUSIVA E A AVALIAÇÃO

Questões sobre como avaliar os alunos de inclusão, como oportunizar que tenham avanços, como avaliar sem rotular e excluir aqueles que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem,
ganharam espaço nas reflexões dos professores, tornando-se freqüentes e desestabilizadoras do ato educativo.
É a presença dos alunos “diferentes” no ensino regular que gera a incerteza da real capacidade da escola e dos sistemas educacionais, de promover o ensino de todos.
É consenso, para a maioria dos professores, que o aluno que está na escola, ali se encontra para aprender. Entretanto, a herança de modelos padronizados de aprendizagem, aonde ele é encarado somente como um indivíduo capaz de responder a estímulos, evidenciando “mudanças imediatas e previsíveis de comportamento” leva o professor a tecer grosseiras comparações entre o dito “aluno normal” e aquele que apresenta necessidades educativas especiais. Diante da heterogeneidade que caracteriza a sala de aula, uma das dificuldades encontradas é a de organizar e possibilitar uma prática pedagógica em que o professor consiga avaliar o aluno tendo-o como parâmetro de si mesmo.
Apesar dos avanços que têm ocorrido nas discussões sobre o fazer pedagógico, o momento da avaliação da aprendizagem é aquele que, sem dúvida, se constitui em um dos grandes obstáculos na consolidação de uma proposta dessa natureza.
Construir uma avaliação capaz de dialogar com as especificidades dos sujeitos, com a diversidade de olhares e concepções de mundo e de vida e criando redes de comunicação que se entrelaçam no interior do ambiente escolar, é uma tarefa árdua e lenta. Existem inúmeras maneiras e modelos para se avaliar uma aprendizagem. Mas a melhor maneira é tornando-a inclusiva, onde ela pode oportunizar um ensino que se dê no encontro com o outro e mais do que isso, pode auxiliar na mudança de atitude diante do outro considerando-o como parte de nossa própria constituição e que, portanto, nos mostra nossos limites e nos incentiva a ir além
.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Para que possa haver uma educação inclusiva e de qualidade é necessário que haja em primeiro lugar um compromisso com a educação. O ato de ensinar não corresponde somente em seguir o que mandam os conteúdos programáticos, de maneira disciplinadora e universal.
favorece e auxilia todas as partes envolvidas.
Devemos compreender que os alunos com necessidades especiais são todos os que apresentam algum tipo de deficiência física ou mental e também os que apresentam-se em situação de desvantagem.
O modo de elaborar um planejamento diário já é de fato uma maneira de promover a inclusão, pois uma sala de aula oferece muita diversidade e maneiras diferentes de aprendizagens, de compreensões difereciadas de um mesmo assunto. Ou seja, conseguir elaborar um plano, mas que seja flexível ao ponto de respeitar a capacidade de aprendizagem de cada indivíduo, é inclusão. Não é necessário ter um aluno de inclusão para que ela ocorra em sala de aula.
Os pontos fundamentais da inclusão escolar seriam a ampliação dos sujeitos inseridos em favorece e auxilia todas as partes envolvidas.
Trabalhar com inclusão exige comprometimento, responsabilidade e a necessidade de ser flexível na construção de estratégias que contemplem o ensinar e aprender, permitindo intensa individualização, ou seja, atingir as metas de ensino onde a atenção do educador passa a concentrar-se na evolução de cada sujeito e deixando-o também buscar outras formas de aprendizagem.
Compete ao professor envolver-se e procurar conhecer profundamente o seu aluno, pois a partir deste conhecimento surgirão novas possibilidades de ação baseados em relacionamentos mais cuidadosos e consistentes.
É na medida em que o professor interage com seus alunos e busca compreender como eles estão construindo suas lógicas de pensamento, que ele vai produzindo sua capacidade de mediar situações de aprendizagem, tornando-se aprendiz dos processos de desenvolvimento de seus alunos. Dessa forma ele vai produzindo o conhecimento sobre o conhecimento. Ou seja, somente a prática, o dia-a-dia, a convivência, o meio de interação, a observação de cada construção e o compromentimento, que vão oportunizar ao professor promover um trabalho mais significativo, colaborativo, e resultante de aprendizagens.

FILME: O Clube do Imperador

De acordo com a proposta sobre o filme: “O Clube do Imperador”, destaco a cena que mais me chamou a atenção que foi durante o concurso Júlio César sobre a Roma antiga, neste o professor William Hundert, que é um conceituado professor de história da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), percebe que um dos alunos está colando, decidi então comunicar o diretor da instituição que se faz presente no momento, porém esse responde que o professor deve deixar passar, pois o aluno que está colando, Sedgewick Bell o rapaz rebelde, era filho de um senador.Logo, o professor se vê em um conflito moral, no qual o aluno em que ele depositou confiança, acabará colando, traindo-o.Perante a este conflito Hundert tenta ocultar seu frustramento e troca a ordem das perguntas, dificultando a situação para Sedgewick e igualando as chances de acertos entre os participantes. Então, Sedgewick assume na presença de todos que não sabe a resposta da indagação do professor.Na cena descrita à cima, podemos constatar alguns princípios, como: assumir nossos erros, arcando com as conseqüências; dar exemplos como profissionais da educação, pois nós educadores somos verdadeiros espelhos para nossos educandos; agir com moral para poder cobrar o mesmo de nossos alunos, assim sendo coerente entre nosso discurso e nossa prática; ser justo com as pessoas que nos rodeiam; ter ética, responsabilidade e bom caráter; etc.Portanto, acredito que a atitude do professor naquele momento foi correta, agindo, como já citei à cima, com postura ética, responsabilidade, bom caráter quando impede a grande injustiça de deixar que um aluno que realmente estudou perca o concurso para um que agiu com total falta de justiça e merecimento, jogando fora a oportunidade que o professor lhe deu, acreditando em seu potencial, em sua competência.

O QUE É PORTIFÓLIO E PARA QUE SERVE?

O Portfolio é um conjunto de todo um trabalho em andamento, relacionados com o alcance dos objetivos do mesmo. Consiste nos trabalhos que estão em andamento sobre determinada organização, estejam estes trabalhos relacionados de alguma forma entre si ou não. O Portfólio pode também ser considerado um material acumulado pelo desenvolvimento de um conjunto de ações de sucesso voltado ao melhor resultado de uma pesquisa ou de um trabalho. São situações interpessoais, que individualmente agregam valores ao processo através de experiência desenvolvida dentro de um determinado período de tempo, por uma análise contínua durante a evolução de um projeto, identificando possíveis potenciais problemas que possam ocorrer no decorrer do processo.( fonte, wikipedia)

Depois da análise proposta pela interdisciplina de Seminário Integrador, posso dizer que um portfólio de aprendizagens é um espaço para registrar tudo o que acontece, nossas dúvidas e certezas, onde evidencia o que realmente aprendemos, e ainda possibilita a interação com colegas e demais pessoas sobre o que aprendemos. É nele que podemos depositar nossas dúvidas, nossas certezas, nossas angústias e nossas vitórias.

ANALISANDO BLOGS

Observando os dois blogs escolhidos::http://peadportifolio156857.blogspot.com/ e http://eunopead.blogspot.com/ , pude constatar o quando estas colegas são dedicadas e realmente participam, colocando suas aprendizagens, como é de objetivo este espaço. Observei que uma das colegas, a que nomeia seu blog com números é mais objetiva em seus comentários , sendo que a outra colega é mais romântica e mais detalhista. Comparando meu blog a estes, certamente estou deixando a desejar, pois percebo o quanto é importante expor, descrever as aprendizagens obtidas.
Nos dois bolgs visitados, percebi que as colegas estavam de fato preocupadas em postar suas aprendizagens. Mas fazendo um comparativo, a colega Rejane descreve como ocorreu a aprendizagem, explicando-as de forma a evidenciar a prática, suas experiências, não destacando teorias . Seu blog deixa claro o que realmente diz seu título”Meu diário”, pois cada postagem sua destaca sua vivência incluindo aí, as interdisciplinas de estudo. Seus textos são mais longos e bem argumentados. Ela também não faz postagens regularmente, como a outra colega que mensalmente posta algum texto.. Já a colega Catiane faz suas postagens citando teorias das interdisciplinas, sendo mais preocupada em evidenciar o que aprendeu e de onde vem sua argumentação, com textos curtos e mais específicos, mantendo a qualidade dos mesmos. Ambas fizeram comentarios para várias interdisciplinas, mas não houve uma reformulação em relação a algum texto. Mas houve sim a intervenção de professores e tutores, fazendo comentários construtivos sobre suas postagens.
Os textos elaborados para as postagens eram direcionados de maneira mais específica a interdisciplina do que de um modo mais abrangente.
Percebi que nestes dois blogs havia uma interação entre outros colegas, com visitas e comentários, que são muito importantes, pois favorecem a troca de opiniões sobre uma mesma aprendizagem e também o fato de que suas idéias estão sendo consideradas, ou seja , houve uma participação naquela contexto. O blog é um espaço virtual muito importante, pois além do que nele registramos também há a possibilidade de trocarmos idéias e opiniões, esclarecendo nossas dúvidas ou ajudando os colegas a esclarecerem as suas.
Fazendo uma análise crítica e comparativa dos blogs visitados ao meu , concluo que preciso organizar mais meus trabalhos e meu tempo para fazer as postagens, de forma mais regular, para expor cada momento de minhas aprendizagens, logo que ela acontecerem , de maneira que fiquem mais claras e evidentes, destacando argumentos mais teóricos e interdisciplinares. Através de tudo o que vi nos dois blogs, cheguei a conclusão que um portfólio é mais do que um simples local para registro e anotações de aprendizagens. Fazer uma análise comparativa foi uma experiência muito interessante.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

LINK PARA NOVA PÁGINA PBWORK

Este é o link para minha nova página de pbwork ->veridianasantos2009.pbworks.com

quarta-feira, 13 de maio de 2009

NOVO SEMESTRE 2009/1

Reflexões sobre aprendizagens e expetativas para novo semestre.
Estamos em constante aprendizagem e a cada novo semestre são novidades, novos desafios, deixando para trás as lembranças, aprendizagens, decepções, angústias, esperanças. No último semestre tive momentos de satisfação, principalmente no que diz respeito a gestão democrática, pois onde trabalho, noto o comprometimento da equipe diretiva em relação ao PPP e ao regimento escolar.
Destaco que aprendi realmente a trabalhar em grupo, com as propostas dos Projetos de Aprendizagem interessante "conhecer" um pouco mais da parte teórica que rege a escola, como o PPP, o Regimento Escolar, como funciona o FUNDEB, e assim por diante. Conhecer um pouco mais de cada etapa da vida humana, nos estudos de Psicologia.
Minhas perspectivas para o próximo semestre são muitas, principalmente com a interdisciplina “ EDUCAÇÃO DE PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS”, pois trabalho com alunos deficientes a muito tempo, desde que comecei a trabalhar como professora e tenho muitas dúvidas e anseios, e quero aprender muito mais sobre este assunto.
Espero continuar me interessando ainda mais por Psicologia, procurando compreender mais o ser humano, no intuito de poder ajudar ainda mais meus alunos a se descobrirem e viverem ainda mais felizes, e aprendendo. Também tenho muitas expectativas com as outras interdisciplinas, mas principalmente, espero que a interdisciplina sobre necessidades educativas especiais traga informações e nos ajudem a trabalhar com este universo um tanto quanto diferente do nosso, que não podemos ignorar, muito pelo contrário, precisamos, enquanto educadores, fazer nossa parte da melhor forma. Acredito que este semestre oportunize aprendizagens muito significativas.