Questões sobre como avaliar os alunos de inclusão, como oportunizar que tenham avanços, como avaliar sem rotular e excluir aqueles que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem,
ganharam espaço nas reflexões dos professores, tornando-se freqüentes e desestabilizadoras do ato educativo.
É a presença dos alunos “diferentes” no ensino regular que gera a incerteza da real capacidade da escola e dos sistemas educacionais, de promover o ensino de todos.
É consenso, para a maioria dos professores, que o aluno que está na escola, ali se encontra para aprender. Entretanto, a herança de modelos padronizados de aprendizagem, aonde ele é encarado somente como um indivíduo capaz de responder a estímulos, evidenciando “mudanças imediatas e previsíveis de comportamento” leva o professor a tecer grosseiras comparações entre o dito “aluno normal” e aquele que apresenta necessidades educativas especiais. Diante da heterogeneidade que caracteriza a sala de aula, uma das dificuldades encontradas é a de organizar e possibilitar uma prática pedagógica em que o professor consiga avaliar o aluno tendo-o como parâmetro de si mesmo.
Apesar dos avanços que têm ocorrido nas discussões sobre o fazer pedagógico, o momento da avaliação da aprendizagem é aquele que, sem dúvida, se constitui em um dos grandes obstáculos na consolidação de uma proposta dessa natureza.
Construir uma avaliação capaz de dialogar com as especificidades dos sujeitos, com a diversidade de olhares e concepções de mundo e de vida e criando redes de comunicação que se entrelaçam no interior do ambiente escolar, é uma tarefa árdua e lenta. Existem inúmeras maneiras e modelos para se avaliar uma aprendizagem. Mas a melhor maneira é tornando-a inclusiva, onde ela pode oportunizar um ensino que se dê no encontro com o outro e mais do que isso, pode auxiliar na mudança de atitude diante do outro considerando-o como parte de nossa própria constituição e que, portanto, nos mostra nossos limites e nos incentiva a ir além.
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