terça-feira, 11 de agosto de 2009

ÉTICA- O DILEMA DO ANTROPÓLOGO FRANCÊS

Muito importante a ética na profissão docente, pois trabalhamos com pessoas de diversas classes, etnias, culturas e religiões. Precisamos saber respeitar cada uma delas sem hipocrisia, mas com ética.
Como a missão do antropólogo não era levar aos nativos novas informações acerca do que acreditavam, mas sim pesquisar seus hábitos, o mesmo foi consciente de que não iria se envolver, e sim, apenas observar.
O antropólogo observou que os hábitos e costumes utilizados pelos nativos eram bastante diferentes dos hábitos e costumes dos franceses, os quais estava acostumado, porém, permaneceu em posição de concordância.

Acredito que o antropólogo afirmou que era sim um mensageiro dos Deuses, pois como sua profissão já diz, que estuda o homem e conhece de modo seu comportamento, para ele, ser reconhecido como um Mensageiro, e ainda por ser branco, já o colocava numa posição superior aos habitantes da ilha. Mesmo que de boa fé ele tenha confirmado ser um mensageiro, ela já interferiu e muito na cultura daquele povo, fazendo-os acreditarem que todo o homem de pele branca, era também um mensageiro dos Deuses. Sua atitude acabou deixando o povo vulnerável a qualquer outro de pele branca que chegasse a ilha, justamente por já terem mostrado que eram ingênuos e inoscentes. Ele preferiu colocar o povo em risco, do que falar a verdade, provando que o poder era dele? Onde estaria então sua determinação de não julgar?
Ele entra em contradição com seu argumento quando afirma que “toda avaliação esta condicionada pela cultura do avaliador”, usando de seu conhecimento, de sua cultura para dominar a situação, pois tudo o que ele dissesse deveria ser obedecido. Enfim, com a sua decisão deixou o povo da ilha vulnerável a outros de pele branca; afirmando ser um mensageiro já interferiu na cultura do povo, pois eles iriam aceitar tudo o que dissesse e fariam tudo o que pedisse, tratando-o como um Deus; de acordo com sua concepções, sua cultura, fez o julgamento que achava mais vantajoso para ele, naquele momento.
A minha ética não aceita a mentira em nenhuma hipótese, penso que podemos nos omitir, mas jamais mentir.
No entanto, o trabalho exigiu que algumas colegas defendessem o antropólogo. E aí, mesmo sendo contra a mentira, a ética me faz respeitar os argumentos das colegas da defesa, e respeitar não significa concordar
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