terça-feira, 30 de dezembro de 2008

WORKSHOP DE APRESENTAÇÃO

Sempre fico muito ansiosa quando se aproxima o encerramento do semestre e devemos elaborar as reflexões e as apresentações. A minha primeira versão da reflexão-síntese precisou ser reformulada e mais detalhada, mas ficou de acordo na segunda versão. Quanto a elaboração dos slides para a apresentação oral, fui bastante objetiva e específica em sintetizar minhas aprendizagens. Gostaria de destacar que este workshop foi muito significativo para mim, pois a professora Tânia Marques e a tutora Melissa , foram excelentes questionadoras, nos deixando bem a vontade para a apresentação, principalmente no momento em que fiquei bastante emotiva ao relatar aprendizagens envolvendo a interdisciplina de Psicologia da Vida Adulta, quando citei o quanto podia agora compreender meus avós, com os quais convivi até alguns anos atrás, antes de casar. Foi o melhor workshop até agora!

Compreendendo a minha fase adulta

Os estudos sobre o desenvolvimento da vida adulta de acordo com Erik Erikson foram bastante agradáveis, já que sempre gostei muito de Psicologia, mas não compreendia muito bem.Gostei da orientação de que a solução de uma etapa depende do comportamneto da etapa seguinte, podendo então superar traumas através do resgate. Pois para Freud, os transtornos e outros acontecimentos transformavam-se em traumas. Mesmo pensando em cada um dos oito estágios de desenvolvimento, encontrei facilmente algumas características em pessoas do meu convívio, (principalmente em meus avós que me criaram) e outras nem tão claras ainda. A característica mais conflitante foi a do 8° estágio, onde a Integridade ou o isolamento se manifestam. Lendo sobre este material é interessante podermos nos compreender mais através de algumas características destacadas e também compreender o outro, para assim tornar possível uma convivência agradável e harmoniosa.

Sapiranga é destaque em educação

O financiamento da Educação visa alcançar e garantir um determinado padrão de qualidade e Sapiranga é destaque no nosso estado e no país pela qualidade do ensino. Numa caminhada que iniciada em 1997 e que foi desde a reformulação do nosso Plano de Carreira, melhoria da remuneração dos professores, qualificação profissional através de cursos e seminários e o próprio Conselho Municipal de Educação, são melhorias que garantiram prêmio a nível nacional.

A escola é fundamental

A matrícula de alunos para a educação básica é obrigatória para todas as crianças com idade entre seis e 14 anos. A obrigatoriedade da matrícula nessa faixa etária implica na responsabilidade conjunta: dos pais ou responsáveis, pela matrícula dos filhos; do Estado pela garantia de vagas nas escolas públicas; da sociedade, por fazer valer a própria obrigatoriedade. Regulamentado por meio da Lei de Diretrizes e Bases (LDB).
: “A escola é fundamental, para o aprendizado, é à base da nossa vida, tanto profissional como social”.O professor deve planejar dentro das diversas áreas do conhecimento, situações em que o aluno aprenda a utilizar seus conhecimentos como instrumento de compreensão da realidade, seja do ponto de vista da utilidade prática, seja na formação de estruturas de pensamento, que permitam a ele expressar e comunicar suas idéias, usufruir as produções culturais, bem como analisar, interpretar e transformar o mundo que o rodeia.
O espaço escolar deve ser harmonioso, prazeroso, pois é nele que se desenvolve a prática pedagógica, ele constitui um espaço de possibilidades, de limites e de desafios. A escola deve garantir um convívio social democrático com ênfase na compreensão e construção das regras, desenvolvendo nos alunos atitudes de respeito, cooperação e solidariedade. Noto na minha escola, que os alunos vem de casa sem saber o que é limites, e ele tem a necessidade de que alguém lhe de limites e esse alguém é o professor.
Sou professora nível 1, classe B, concursada há 10 anos da rede Municipal de Sapiranga .Comecei com alfabetização e estou até hoje. As condições da minha escola são boas, é bem equipada, temos laboratórios de informática, um pátio bem grande e salas arejadas. Percebo que existe dificuldade em trabalhar com os alunos maiores pela falta de interesse dos mesmos pelos estudos, e também pela ausência de alguns pais na escola. Mas o aluno tem oportunidade de criar e produzir excelentes trabalhos pelos recursos que temos. Somente o ensino ainda é precário o que diz respeito ao aluno de inclusão.
“A descentralização, tem por objetivo diminuir a burocracia escolar, permitindo maior flexibilidade na gestão financeira e captação de recursos externos.” Assim, a escola passa a se auto-promover e diferenciar-se, tendo como conseqüência, maior responsabilidade dos professores e maior envolvimento da comunidade, uma verdadeira autonomia. Na minha escola a comunidade é bem envolvida, participando das atividades e promoções oferecidas, além de sugerirem propostas de atividades. Todos os membros da APM, Conselho Escolar, Conselho Fiscal, e a comunidade em geral, estão sempre presentes na escola.
Também foi muito importante não apenas ter um pensamento formal, mas sim, conhecer e entender um pouco mais das leis que regem a educação neste país, comparando com a minha realidade escolar, tendo a oportunidade de questionar e, possivelmente contribuir/ cooperar no futuro para a reformulação dos mesmos buscando cada vez mais a sua melhoria e garantias de que seja possível realizar. Compreendi também como funcionam algumas políticas educacionais, como o FUNDEB.

A escola, os conflitos e a relação professor-aluno

A escola é um espaço onde acontece à construção de valores e atitudes que norteiam as relações interpessoais e intermedeiam o contato do aluno com o objeto de conhecimento. É imprescindível, nesse processo que valoriza o aprender contínuo e a troca constante entre aluno-aluno, aluno-professor e professor-aluno, uma postura de trabalho que considera a cooperação, o respeito mútuo, a tomada de consciência, a persistência, o empenho e a prontidão para superar desafios, ampliando suas potencialidades.
Segundo Piaget, “o sujeito é ativo na sua essência, e sua inteligência se constrói nas relações com o objeto do meio físico e social”.
Cada pessoa aprende da sua maneira, do seu jeito e nós professores devemos respeitar cada jeito de ser. A educação é um processo que se dá no mundo de convivência e ao mesmo tempo no interior do indivíduo. Nós professores devemos propiciar um clima harmonioso de trabalho, valorizando a construção de vínculos afetivos e o respeito à individualidade, fazendo com que o aluno tenha confiança em suas capacidades cognitiva, afetiva, ética e social para agir com perseverança na busca do conhecimento e no exercício da cidadania. Cabe salientar que é bastante comum mudança de comportamento em uma determinada pessoa, conforme a fase da vida em que se encontra. Geralmente os maiores conflitos surgem na fase da adolescência. Segundo Erikson, “é na fase da adolescência que se discutem todas as uniformidades e continuidades que marcam a personalidade”.
Estaria mentindo ao afirmar que minha escola é tudo isso que acabei de escrever, mas dentro do possível, vejo alguns profissionais lutando para que isso aconteça. Os conflitos entre professor-aluno acontecem, diariamente na minha escola, são os conflitos típicos, a falta de interesse por parte do aluno incomoda muito os professores, fazendo-o perder a paciência e o controle da situação. Dentro da sala de aula, cada professor tem sua maneira de dar aula. Observo na minha escola professores tradicionais, com pensamento formal, conservadores, afetuosos, desafiadores e acomodados.
A interação aluno-professor ocorre através da troca de experiências gerando ensino e aprendizagem recíproca. Uma pessoa adulta que ao longo de sua vida vem adquirindo conhecimentos através de experiências vividas, a aprendizagem passa a ser somática, pois este indivíduo já é letrado, ele participa de grupos sociais, sua personalidade já está formada, com isso a troca entre professor-aluno é importante.
Tenho muitos desafios, alfabetizar alunos de inclusão. Um em específico que já esta pela segunda vez comigo. Ele tem alem de microcefalia, outras doenças e está defasado dois anos. É uma tarefa que exige muita criatividade para desenvolver algumas atividades que possibilitem seu progresso ou superação, sempre respeitando seus limites. Trabalho diariamente com meus alunos, o respeito, a colaboração, a aceitação das diferenças e das limitações de cada um.
Fala-se muito em inclusão, e, apesar desse termo estar em moda o professor não recebe a capacitação adequada para avaliar esses alunos diferentes de maneira justa e adequada.
O relacionamento professor-aluno é atravessado por sentimentos de amor e ódio. Estes sentimentos sempre irão provocar uma resposta consciente ou inconsciente. O professor pode tomar diferentes atitudes diante desses afetos: retribuir ou não, fingir não percebê-los, atitudes das mais ou menos adequadas. Como diz Paulo Freire: “não há educação sem amor”.

Sobre o PA


Foi importante fazer o PA, pois dessa maneira aprendemos como funciona o desenvolvimento deste tipo de trabalho, para posteriormente ser aplicada em nossa prática escolar.Percebi como a pergunta de investigação é importante, pois a partir dela, desenvolvemos todo o PA. Além disso, as dúvidas e certezas provisórias nos deram um rumo a seguir, pois a partir delas começamos nossas pesquisas.Outra aprendizagem muito significativa foi entender como se faz mapas conceituais. No início não entendi muito bem, mas depois da explicação da professora na aula presencial entendi como se faz. O mapa conceitual nos dá uma visão ampla, porém de forma sintetizada do que está sendo estudado.Entendi que o principal objetivo da disciplina era como desenvolver um PA, entender e seguir os passos que um PA deve ter. Desde a pergunta inicial (pergunta de investigação), até a avaliação do projeto.→Acredito que isso foi aprendido por mim e pelo grupo.→Passos de Projeto de Aprendizagem→Pergunta de investigação→Certezas provisórias→Dúvidas provisórias→Mapa Conceitual→Pesquisa: internet, livros, revistas, entrevistas e visitas.→Certezas e dúvidas respondidas→Mapa conceitual→Descobertas importantes→Dificuldades encontradas durante o projeto→Síntese - conclusão→Mapa conceitual final→Avaliação→Diário de bordo- anotações durante todo o projeto→Fórum de discussão – durante todo o projeto→Trocas de idéias entre os participantes do PA no MSN, por e-mail, durante todo o projeto.Além de se aprender como se estrutura um PA, aprendi a importância de trabalhar em grupo, aprendi muito sobre os vulcões. Além de outras informações interessantes e importantes, que muitas vezes não nos danos conta. Compreendi que o desenvolvimento de um PA vai muito além de pesquisar na internet. O desenvolvimento de um PA envolve pesquisa, leitura, é preciso investigar, conversar com pessoas, trocar idéias com os colegas constantemente, enfim, é necessário se dedicar.Acredito que o projeto desenvolvido pelo nosso grupo, foi desenvolvido com bastante empenho, todas participaram, todas ajudaram a desenvolver o mesmo. Cada participante contribui com idéias, sugestões e colaborações. O mais importante nesse projeto foi união na busca de fazer o melhor e na aprendizagem de todos.

PLANEJANDO O TEMPO

Ao colocar em uma tabela o planejamento do meu tempo me senti uma pouco presa, como se tivesse que dar satisfação de tudo o que eu fosse fazer . Mas vendo de outra maneira, pude me organizar e ver que se respeitasse os horários que disponibilizei para cada tarefa, tudo poderia dar certo. Encontrei ai uma forma de colocar a minha vida em ordem. Conciliar tudo não dá certo quando não existe planejamento. A escola, a casa , a família com uma filha ainda bebê, e os estudos, estavam deixando minha cabeça num nó. Como tenho carga de trabalho de 40 horas semanais, a hora-atividade que disponho não é suficiente para elaborar um bom planejamento, então acabo trazendo algumas coisas para fazer em casa. Disponibilizei um tempo diário para o PEAD, mas nem sempre conseguia, pois minha filha exige muita atenção. O final de semana reservo para minha família, pois se não aproveitá-los um pouco que seja , jamais irei recuperar o tempo passado e é a família que nos mantém de pé. Posso concluir que elaborar um planejamento do meu tempo fez muito bem para mim, pois assim podia dedicar um tempinho diário para cada função e também atender as necessidades do momento. Partindo desta idéia organizamos em familia um planejamento das atividades diárias para que cada uma respeitasse e cumprisse as funções estipuladas e o tempo que dedicou para executá-la. O que não ficasse concluído naquele dia seria concluído no outro no horário estipulado para tal.

O PPP e a realidade escolar

A escola é fundamental para o aprendizado e é à base da nossa vida, tanto profissional como social. Todo o brasileiro tem direito a uma educação de qualidade e este é um dos objetivos da escola onde eu trabalho.A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( LDB ), (Art. 12 e 13), estabeleceu como responsabilidade da escola e de seus professores a construção do Projeto Político Pedagógico (PPP). Para ser uma organização eficaz no comprometimento de propósitos estabelecidos em conjunto por professores, coordenadores e diretores garantindo a formação coerente de seus alunos ao longo da escolaridade obrigatória, é necessário que cada escola construa seu PPP de acordo com a realidade de seus alunos e da sua comunidade escolar. Cada PPP tem seu contexto histórico, possui sua identidade própria. Um Projeto Pedagógico precisa apresentar as finalidades da escola, sua estrutura organizacional, o currículo definido, os tempos e espaços onde ocorrerão as relações de ensino- aprendizagem, o processo de decisão e as relações de trabalho, além das formas previstas para a avaliação da aprendizagem, da escola e do próprio projeto. Conforme o PPP da minha escola: “A função principal da escola que atende ao Ensino Fundamental é possibilitar o desenvolvimento de habilidades e competências, preparando o educando para o exercício consciente da cidadania, dando-lhe condições de ingresso, permanência e sucesso, desenvolvendo suas potencialidades como agente transformador do seu meio”.

O PPP e a Avaliação

O PPP de minha escola é modificado sempre que necessário. Foi elaborado em 2001, como a maioria das escolas de Sapiranga, e eu participei de sua elaboração. Inclusive neste ano já fizemos a modificação para as avaliações serem trimestrais, e não mais bimestrais, possibilitando aos professores desenvolverem com mais qualidade os conteúdos programáticos.
Notei que algumas partes eram iguais a do texto: Organização Curricular e Avaliação da Aprendizagem (Maria Beatriz Gomes da Silva), principalmente no que dizia respeito às leis.
O regime seriado predomina na minha escola, como forma de organização curricular, mas às vezes há indícios do regime ciclado. Alguns professores confundem o ciclado com não reprovação e nisso devem mudar.
Muitas vezes acompanhamos um aluno o ano todo, com suas dificuldades, seus progressos, suas limitações e chegando ao final, ainda com alguns objetivos a ser alcançado, este aluno não os atinge, não conseguindo a nota mínima para ser aprovado. Então fazemos uma reunião com a professora atual, coordenadora e professora do ano seguinte, professora do reforço, onde é colocado como aluno se apresenta, e é combinado um comprometimento da futura professora em continuar um trabalho individual com esse aluno. Assim acontece o regime ciclado na minha escola, com responsabilidade e comprometimento com o aluno. Alguns professores ainda acreditam e trabalham centrados na transmissão de conhecimentos acumulados e considerados essenciais para a inserção de todos à sociedade e ao mercado de trabalho e esses conhecimentos todos os alunos devem aprender num tempo determinado, o professor assim, esquece que cada aluno tem seu tempo individual para aprender, suas limitações e dificuldades, penso que devemos sim nos preocupar com o futuro do nosso aluno, mas não apenas com os conteúdos, notas, devem nos preocupar com o cidadão que estamos formando, suas experiências, seu caráter, seu crescimento como indivíduo questionador e conhecedor do que quer para sua vida futura, trabalhar suas potencialidades, o que é pouco feito nas escolas.
Alguns professores da minha escola acreditam no que diz o texto: Organização Curricular e Avaliação da Aprendizagem (Maria Beatriz Gomes da Silva) “O Currículo é o coração da escola. É por dentro dele que pulsam e se mostram as mais diversas potencialidades, em meio às reações manifestadas pelos alunos nos seus escritos, desenhos, jogos, brincadeiras, experimentos, estratégias de relacionamento entre si e com os educadores. É por dentro dele que desejos podem ser tolhidos ou encorajados. A passagem do aluno pela escola deve ser lembrada como momento de crescimento”.

RECURSOS FINANCEIROS

Depois da leitura do texto “Noções Gerais sobre o financiamento da Educação no Brasil”, notei o quanto é batalhado para se conseguir uma Educação de qualidade, com um padrão mínimo conhecido nacionalmente, Recursos pra isso existem, mas nossa realidade mostra o contrário. Em muitos lugares a Educação Básica não atende o mínimo exigido para se ter qualidade, faltando recursos, valorização do profissional e inúmeras dificuldades em trabalhar com dignidade.
Dignidade esta, para o profissional quanto para o aluno.
Muitas vezes ficamos omissos, calados, deixando que outros tomem decisões por nós e esquecemos do que acontece bem perto da gente, por comodidade ou até por desânimo.
No dia 1º de janeiro de 2007 entrou em vigor, por Medida Provisória, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Este terá vigência até 2020, contemplando creches, educação infantil, ensino fundamental e médio, educação especial e educação de jovens e adultos.
Então se este Fundo está destinado à Educação, por que temos tanta precariedade em alguns municípios, será que falta fiscalização? Sei que muitas vezes os interesses políticos estão longe do que realmente a Educação necessita, mas isso deve mudar urgentemente. É uma vergonha um país como o nosso, com um índice tão grande de analfabetos. No município onde trabalho, por exemplo, na administração anterior, o dinheiro do Funde, que era destinado ao nosso abono, foi dividido entre todos os funcionários da prefeitura, incluindo obra e saúde. Não é uma absurdo? E mesmo todos sabendo disso, nada foi feito. Aceitamos calados.

GESTÃO DEMOCRÁTICA

Gestão Democrática é o processo político através do qual as pessoas na escola discutem, deliberam e planejam, solucionam problemas e os encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola. Este processo, sustentado no diálogo e na alteridade, tem como base a participação efetiva de todos os segmentos da comunidade escolar, o respeito a normas coletivamente construídas para os processos de tomada de decisões e a garantia de amplo acesso às informações aos sujeitos da escola. Muito fala-se em democracia e em sujeitos críticos e participativos. Segundo Freire, só se aprende democracia fazendo democracia pela prática da participação, pois: “ninguém vive plenamente a democracia nem tampouco a ajuda a crescer, primeiro, se é interditado no seu direito de falar, de ter voz, de fazer o seu discurso crítico; segundo, se não se engaja, de uma ou de outra forma, na briga em defesa deste direito, que no fundo, é o direito também a atuar” (Freire, 1993: 88). Sendo assim, a Gestão Democrática é condição essencial para a qualidade do ensino que buscamos, pois ela é uma forma de organização da escola que possibilita a participação de todos envolvidos no cotidiano escolar, no planejamento, na tomada de decisões, na definição do uso de recursos e necessidades de investimento, na execução das deliberações coletivas, nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. É um exercício coletivo e participativo que serve como excelente estratégia para transformar a escola em um espaço público onde diversas pessoas têm a possibilidade de articular suas idéias, estabelecer diálogo e considerar diferentes pontos de vista, valorizando ainda mais o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária, agregada ao fato de fortalecer cada vez mais a democracia no processo pedagógico, além de ser um caminho para a melhoria da qualidade de ensino. Porém, ela se apresenta como um grande desafio, uma vez que conta com a participação efetiva de todos na tomada de decisões, e com um grande número de pessoas, temos conseqüentemente, um maior número de idéias e opiniões, dificultando a conciliação dos diferentes pontos de vista. Além disso, lidar com resultados, satisfatórios ou não, exige acompanhamento e avaliação constantes, coerência, determinação e vontade, para que se mantenham a coesão, a responsabilidade e a disposição de todos para recuperar os pontos frágeis. Para termos êxito nesse processo, algumas ferramentas são essenciais para que a escola possa atingir seu objetivo, uma que podemos destacar é o Projeto Político Pedagógico, que deve ser elaborado, realizado e avaliado pelo coletivo da escola. Cada Projeto tem um determinado contexto histórico. Precisa ser flexível e prever regulares avaliações e reformulações. Através de sua construção, a escola pode indicar a direção que perseguirá, a organização do seu trabalho educativo, bem como explicitar seus principais problemas, propor soluções e definir responsabilidades coletivas e individuais na superação desses problemas. Levando-se em conta tais considerações, podemos concluir que, para o processo de Gestão Democrática ser realmente eficaz e desta forma, construir uma escola democrática, de qualidade e transformadora é preciso democratizar as práticas de toda a comunidades escolar, adequar à cultura e história específica do grupo, aprender a lidar com a diversidade e da ousadia de cada escola em assumir-se como tal.

É importante valorizar os idosos

Após nossos estudos e trabalho em grupo, concluímos que, o idoso constrói sua auto-imagem a partir de uma representação social, que depende de suas vivências pessoais, da forma como vêem o mundo e de como são vistos por ele.Ser um idoso em nosso país não é tarefa fácil, pois o idoso fatalmente acaba sendo um empecilho, um estorvo, já que todos correm em busca de melhores condições de vida, de consumo. Este é o reflexo do mundo capitalista.Precisamos também romper com paradigmas estabelecidos pela sociedade quanto ao que é "certo ou errado" para um idoso, o que lhe fica bem ou não, que tipo de vida quer levar, calma, tranqüila, em casa, ou participando de encontros, bailes de terceira idade, festas, e assim por diante. Assim como todos nós, os idosos também buscam a felicidade, e é isto que importa no mundo, sermos felizesConforme nos coloca o geriatra, esta concepção precisa ser refletida a fim de buscarmos uma valorização e respeito para com os nossos idosos, já que teremos futuramente uma população de idosos.Os idosos têm muito a nos ensinar, possuem a chamada “cultura popular”, rica em informações e conhecimentos que deveriam perpetuar por todas as gerações. Mas para que isso aconteça, precisamos nos conscientizar de valorizar o nosso idoso.Como nos diz o geriatra: “Uma família com bases sólidas não abandona nenhum de seus elementos, pelo contrário, luta por eles”.

PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Sou professora nomeada no município de Sapiranga, onde trabalho a 10 anos. Existe um Plano de Carreira, não o conheço sua estrutura como um todo, mas sei que trabalho 40 horas em sala de aula, sendo que quatro dessas horas são horas-atividade, onde o professor de Educação Física assume a turma, são meus horários de planejamento. A Secretaria de Educação (SMED) oferece cursos de capacitação e formação continuada, que são considerados para a promoção de classe na carreira. A cada cinco anos, apresento os certificados que deverão somar a quantidade de pontos exigida e recebo 5% a mais, além dos anuênios. Estudar aqui no PEAD, tem sido muito trabalhoso, e tenho pouquíssimo tempo disponível para realizar as atividades propostas. Mas está possibilitando muitos conhecimentos sobre a educação básica, política educacional, sistemas de educação e para a minha própria profissão, pois permite estabelecer a relação teoria-prática. Trabalho numa escola urbana, centralizada, e, apesar de ser uma escola da rede municipal, tem características de escola particular, suas condições físicas são boas, inclusive das salas de aula. Tenho duas turmas de segundos anos, e temos bons materiais pedagógicos para trabalhar. Claro que falta muita coisa . Talvez por conhecer bem os laboratórios de informática do município, acho o da escola inadequado, com equipamentos ultrapassados e o mobiliário inadequado, o mesmo se refere aos equipamentos didáticos e de multimídia. Existe uma coordenadora pedagógica que realizam juntamente com a direção reuniões pedagógicas mensais de quatro horas.. Nessa escola é realizado Conselho de Classe . Existem momentos em que a família é trazida para a escola, com a finalidade de participarem do processo de aprendizagem dos filhos, além de dias determinados em que chamamos somente os pais de alunos com dificuldades de aprendizagem para orientá-los. Considero que a minha remuneração é satisfátória em relação a outras profissões e condiz com minhas necessidades em termos de atualização constante, pois o município oferece cursos. Recebemos também um Vale refeição. Apenas lamento não termos planos de saúde em nosso plano de carreira. Temos apenas um convênio com o SISMUS, nosso sindicato que deixa a desejar. Penso que deveriam rever nosso Plano de Carreira em vários outros itens, como por exemplo, a licença gestante. Outro ponto que deixa a desejar é licença para mães com filhos portadores de necessidades especiais, penso que elas deveriam ter direito a ficar com seus filhos pelo menos 20 horas semanais, no caso das que trabalham 40 horas. Não sei muito bem qual é o caminho para sermos melhor representados, talvez mais uma vez falte a união de nossa categoria na busca de melhores condições...

TRANSFORMAÇÕES NA VIDA ADULTA

Toda uma personalidade é definida pelo conduta que o indivíduo apresenta, e esta conduta é o reflexo do conhecimento adquirido ao longo da escalada terrena, ele é o senhor absoluto de sua aprendizagem (o que quer e como quer); produz o conhecimento de acordo com seu entorno, seu caráter e suas raízes. Estamos implicados em todas nossas relações, o que de certa forma, nos aponta a importância de sermos seres ativos em nosso universo de convivência.Segundo Erikson, as pessoas desde que nascem passam por fases em todo o ciclo vital. Em cada fase a pessoa entra em uma nova dimensão na interação dela consigo mesma e /ou com seu ambiente social. Cada dimensão possui características positivas e negativas, pois cada pessoa interage com outras o tempo todo, recebendo ou dando informações. Baseado nisso, cada pessoa forma sua personalidade, considerando seu proprio papel e da sociedade nesta formação.Maturana favorece a ampliação da compreensão de todos os domínios de existência humana. Explica que vivemos no mundo com outros seres e que compartilhamos com eles o processo vital. Constuimos o mundo que vivemos e ele nos constroi.Vivemos sob a influência de nossos atos. O que faremos de nossa vida ou com o mundo, implicará na qualidade de nossa existência, positiva ou negativamente.Mas o que diferencia Maturana de Eriksom , é que para Maturana a realidade que vivemos depende do caminho explicativo que adotamos, e este depende do domínio emocional no qual nos encontramos no momento da explicação. As emoções são a base para a convivência humana. As diferentes emoções possibilitam e/ou interditam domínios de ações, tipos de comportamento.